30/09/2010

La escalera del Selarón - Um caso de amor


Uma escada movimentada pelo vai e vem dos trabalhadores de dia e a noite pelos boêmios que liga os bairros de Santa Teresa a Lapa.
Imponente, vaidosa, misteriosa e famosa. Assim é a esdaria do Selarón, um chileno sonhador.

Pelos que lá passam todos os dias, a escada passa desapercebida. Passam com o olhar reto, com pressa. Aos mais atentos, vale cada detalhe dos azulejos. Cada um conta uma estória, uma lembrança. Todos bem colocados e cuidados com carinho, como uma filha merece (a escada). Os azulejos impressionam com sua beleza e colocados estrategicamente em cada lugar. Trazem saudade de um tempo distante que não volta mais. Muitos têm mensagens filosóficas.
A primeira estória é um caso de amor arrebatador incondicional de Selarón com o Brasil e o Rio de Janeiro. Outras estórias são de "gringos" que por lá aparecem todos os dias. Muitos também filmam e tiram fotos que percorrem o mundo afora. E muitas outras estórias são mistérios que só o chileno boa praça pra contar. Quer saber? Dá um pulo lá! Ele bate ponto todos os dias na escada.

Fazendo hora outro dia por lá, bem cedo, reparei que a escada é generosa. Abriga todo tipo de gente. Moradores, estrangeiros, curiosos, estudantes, cineastas, fotógrafos e aos seus pés moradores de rua simpáticos que abitam a Lapa. Sim, na Lapa há muitos moradores de rua, infelizmente, mas que são boa gente. - Outro dia teve um me alertando pra não atravessar a rua sem olhar os carros. Agradeci e esperei o sinal fechar. - Há, também muitos gatos por lá, guardiões das casas da escadaria.

Com certeza a escadaria é um oásis na Lapa, um mundo a parte que vale a ida. Era uma vergonha eu ser uma carioca e morando tão perto não conhecer o lugar concretamente.

Para quem quer conhecer: a escada fica no final da Rua Teotônio Regadas, Lapa.



"SÓ ACABAREI ESTE SONHO LOUCO E INÉDITO NO DIA DA MINHA MORTE".
Selarón

17/09/2010

Mídia social, twitter e famosos




Por que tantos famosos estão deixando o twitter?

Bem teria que se fazer uma pesquisa pra saber o real motivo.
Mas observando de imediato, percebe-se que os famosos que deixam os twitter são os que falam demais..... e asneiras.
Todos temos liberdade de expressão, certo? Sim, podemos falar o que quisermos, desde que arquemos com as consequencias. E no caso de pessoas públicas falar demais trás problemas, pra eles.
A partir do momento que a pessoa se torna pública, o que ela fala tem consequencias.
Dependendo do tamanho da fama e da área de atuação da pessoa, o que ela fala pode mudar o rumo de um país, de uma investigação, de uma vida, etc etc, e também o rumo da vida deles, famosos, pessoas públicas. Pra melhor ou pra pior.
Se falar coisas bacanas, positivas, tudo vai andar bem.
Agora, se falar alguma coisa que não soa bem no senso comum da sociedade, aí babau.....vai arcar com as consequencias.
Com a internet, com a velocidade da informação e novas tecnologias, o que se fala agora tem repercussão imediata.
Então famosos, pensem antes de falar.
Não ajam por impulso, deixe isto para nós, reles mortais e ilustres desconhecidos.

Não é fácil ser pessoa pública, mas não quiseram...?, agora aguentem o peso das palavras.....as suas, diga-se de passagem. Porque vocês mesmos se derrubam......e nós assistimos de camarote a queda do império.

As palavras têm peso, medida e gosto...amargo!

01/09/2010

Sustentabilidade X consumo X consciência

Hoje está na moda falar em sustentabilidade.
Mas o que é isso?
Ser sustentável 100% ninguém é, nenhuma empresa é. Por que? Porque precisamos consumir. E nem tudo que consumimos ou precisamos consumir é sustentável.
O que fazer então par sermos sustentável. Usar o consumo consiente.
Consumir tudo que me é básico para sobreviver da maneira que se encaixe na iniciativa mais sustentável possível de forma consciente.
Isto é ser, um outro conceito muito na moda, responsável social. As empresas que fazem isto, tem responsabilidade social.

Tudo isto é simples assim, consumir de forma consciente e ser sustentável? Não!
Mas é um começo para mudarmos nossos hábitos.
E mudando os hábitos, mudamos o mundo aos poucos.
Leva tempo. Mas tudo tem de ter um início.

Vamos começar agora?

31/08/2010

Duas visões, o mesmo mundo

Há quase um ano estive mergulhada em questões da defesa do social, do preto, do favelado. Favelado sim, porque não gosto da expressão comunidade. Comunidade todo mundo pertence a uma. Seja ela rica, pobre, classe média, para ficar aqui na quetão social. Comunidade deriva da palavra comunhão, do ser comum. Isto quer dizer que vi muitas questões que não faziam e não fizeram parte da minha vida durante a adolescência. Não porque não convivia com pretos ou com gente de renda baixa. Mas sim porque isto nunca foi importante pra mim. O papo das favelas era comum pra mim, pois minha mãe trabalhava em várias delas, sempre ativa nas questões sociais. Pretos eu vivi com eles de perto, não importando pra mim a sua cor, e sim o que tem de melhor dentro de si. Mas convivendo com estas pessoas de perto, pretas e de origem das favelas, pude perceber o quanto elas é que são preconceituosas com elas mesmas. Pois usam o discurso da favela e do preto como desculpa pra tudo que dá errado com elas. Não conseguem sair deste ranso social, deste estigma.
Ok. A escravidão existiu. Não podemos negar. Mas não podemos culpar todos os brancos por isso, assim como não vamos acusar todos os favelados de serem bandidos.
vocês devem estar pensando que estou sendo radical, elitista, burguesa. Só estou sendo realista. Constatando um problema social grave. Um preconceito sério. Porque se estas mesmas pessoas lutam por um mundo mais justo, mais equilibrado e com igualdade de oportunidades, porque culpam os brancos de todas mazelas de sua raça? Porque usam sua cor como desculpa pra tudo?
Lutemos por igualdade, lutemos por justiça, lutemos por melhores condições de vida, lutemos por uma educação melhor, lutemos pelo fim do racismo...seja ele contra pretos, brancos ou amarelos.
Lutemos juntos, porque afinal habitamos todos os mesmos mundo.
Avante! É pra frente que se anda.

15/04/2010

Catástrofes


Será que o mundo vai acabar em breve e eu não estou sabendo de nada?


Chuva e mais chuva no Rio e Salvador. Terremotos no Haiti, Chile e China.

Pichação na estrátua Cristo Redentor enquanto este ficou fechado pela primeira vez por causa dos deslizamentos de terra. O que me pergunto se é vandalismo ou audácia. Mas prefiro a versão de falta de educação e respeito com um monumento universal.


Vivemos uma verdadeira cartarse no mundo. Será hora de revermos alguns conceitos? Acho que sim. É hora de fazermos um balanço do que estamos fazendo com a mãe natureza e esta nos dá em troca. É hora de pensarmos e agirmos!!


Também vivemos uma verdadeira catarse na comunicação com as redes sociais. Então é hora de aproveitarmos e nos solidarizar com estas vítimas das catástrofes. Vamos movimentar o mundo, mas não vamos maltratá-lo. Merecemos um mundo melhor.


Merecemos ser felizes.


14/04/2010

FAVELA TEM VOZ


Campanha FAVELA TEM VOZ, só precisa ser ouvida

O que os moradores das favelas pensam sobre as tragédias causadas pelas enchentes em todo Brasil nos últimos meses? O que está faltando para esses problemas não se repetirem nas próximas chuvas? O que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida dos moradores de favelas, palafitas, periferias, assentamentos, comunidades populares e etc. A CUFA -Central Única das Favelas- quer saber o que eles pensam, quer ouvir a voz da favela, e você quer ouvir? Com sua participação, uma pesquisa inédita será realizada pela Cufa em parceria com IBPS (Instituto Brasileiro de Pesquisa Social). Usando a entrevista como método e ouvindo 2.000 moradores de todo país, ouvindo o que eles têm a dizer sobre os temas que consideram mais relevantes e urgentes para a construção de uma Agenda Política e Social.A pesquisa será realizada com total transparência, tendo um valor estipulado de R$ 70.000,00 (setenta mil reais). Para garantir a ação, precisamos mobilizar muitos parceiros, uma vez que não desejamos verba pública para que não haja dúvidas sobre o resultado. Ajude-nos a ouvir a voz da favela! Contribua com o mínimo de R$ 5,00 (cinco reais) diretamente na conta do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social, e mande sugestões de temas e perguntas para o e-mail pesquisacufa.ibps@cufa.org.br. Informamos que a pesquisa será iniciada a partir da obtenção do valor integral.

Acessem, opinem, colobarem.....

11/04/2010

Chega de chuvas, chega de tragédias. Que o sol volte a brilhar no RJ

Diante da tragédia que se abateu no Estado do RJ, por causa das chuvas, não poderia de deixar de escrever e prestar minha solidariedade aos que perderam tudo e aos parentes dos que morreram.
É duro ver tamanho sofrimento e não poder fazer muita coisa na hora. Mas depois, sempre podemos e devemos. Por que numa tragédia como essa não é hora de arrumar culpados e sim solução.
Então, meu caros, parodiando meu amigo Lobão, é hora de agirmos. Que cada um faça sua parte. Temos vários postos de coleta para doações de roupas, alimentos e água. O colégio Miraflores, por exemplo fez um mutirão para cozinhar para quem não tem o que comer. Procure você um jeito de ajudar. Ajude a organizar as doações. Ou apenas doe seu carinho, sua palavra de conforto e salve muitas almas da agonia, da angústia e da tristeza.

Postos para coletas de doações

O tempo também é de recuperar a cidade cheia de lama. Aqui em Laranjeiras, onde moro, vejo todo dia um mutirão de garis limpando as ruas. O trabalho é muito, mas poderia ser menor se a população tivesse mais consciência do estrago que faz quando joga lixo na rua. Está na hora de autoridades pensar ao longo prazo, como limpeza de bueiros, remoção dos que moram em áreas de risco, não deixarem que estas áreas sejam habitadas. Como? Tendo uma política pública eficaz que dê conta da população ter sua moradia em segurança, podendo morar mais afastado do seu trabalho mas que chegue em casa com segurança, em trasnporte público decente, eficiente e barato. E que principalmente não roubem, o meu, o seu, o nosso dinheiro, como diz o Ancelmo Gois. O dinheiro é do povo, e não das autoridades. Enfim....

E hoje, sábado vejo estrelas no céu. OOOOOOBBAAAAA....parece que o domingo vai ser sem chuva. TOMARA!!!















06/03/2010

Central do Brasil

Olá gente boa.
Faz tempo que não posto nada. Mas ando cansada, trabalhando muito, sem tempo e sem computador em casa. Desconectada com o mundo totalmente. Imperdoável para uma jornalista. Mas de vez em quando desconectar é bom também.
E também não sou tão blogueira assim, eu assumo.
Meu cotidiano anda cansativo. Pra ir trabalhar pego metro e trem ou ônibus e trem.
O trem é tranquilo, porque vou da Central à Madureira.
A viagem dura 30 minutos certinho, claro que quando a geringonça não enguiça, não fica parado por moticos sei lá por que....e etc.
Meu olhar antropológico e jornalístico ficou mais aguçado no trem. O meio de transporte dá um ótimo documentário.
Os vendedores são perfeitos profissionais de marketing. Tem uns com slogans sensacionais.
O ampeão de venda é o amendoim....3 por R$1,00. Tem com casa, sem casca, com casquinha de biscoito, torradinho..... e por aí.....pensou que amendoim era tudo igual. Ledo engano.
Nos dias infernais de calor, a água vendia que nem água....ai que horrível o trocadilho....e cerveja também vendia bem, só Bhrama e Antartica.
Uma vez um vendedor anunciava a cerveja Antartica assim: olha a Juliana Paes geladinha só pra você...olha a Boa....
Mas "Central" também é passarela de moda...tem de tudo, uma loucura!! Modelitos clássicos de atentado ao bom gosto.....e ao pudor...e aos olhos.....
Mas o desafio maior é ficar penteada no trem.....os sem ar condicionado, claro. O ventinho é bom, mas devastador a qualquer penteado. Eu já desisti de ficar com os cabelos comportados. Deixo o vento bater, despentear..... e quando saio do trem, dou um jeitinho com a mão mesmo. O que não adianta de nada, porque não tenho cabelo lisinho.... como podem notar. O que me faz chegar quase todo dia despenteada, quase unma louca, no trabalho. Mas nem ligo.... deixo o vento bater e pronto. Ai que delícia!!
A Central do Brasil é uma verdadeira catarse, uma sessão de análise. E melhor, de graça.

Abraços e até a próxima.