06/03/2010

Central do Brasil

Olá gente boa.
Faz tempo que não posto nada. Mas ando cansada, trabalhando muito, sem tempo e sem computador em casa. Desconectada com o mundo totalmente. Imperdoável para uma jornalista. Mas de vez em quando desconectar é bom também.
E também não sou tão blogueira assim, eu assumo.
Meu cotidiano anda cansativo. Pra ir trabalhar pego metro e trem ou ônibus e trem.
O trem é tranquilo, porque vou da Central à Madureira.
A viagem dura 30 minutos certinho, claro que quando a geringonça não enguiça, não fica parado por moticos sei lá por que....e etc.
Meu olhar antropológico e jornalístico ficou mais aguçado no trem. O meio de transporte dá um ótimo documentário.
Os vendedores são perfeitos profissionais de marketing. Tem uns com slogans sensacionais.
O ampeão de venda é o amendoim....3 por R$1,00. Tem com casa, sem casca, com casquinha de biscoito, torradinho..... e por aí.....pensou que amendoim era tudo igual. Ledo engano.
Nos dias infernais de calor, a água vendia que nem água....ai que horrível o trocadilho....e cerveja também vendia bem, só Bhrama e Antartica.
Uma vez um vendedor anunciava a cerveja Antartica assim: olha a Juliana Paes geladinha só pra você...olha a Boa....
Mas "Central" também é passarela de moda...tem de tudo, uma loucura!! Modelitos clássicos de atentado ao bom gosto.....e ao pudor...e aos olhos.....
Mas o desafio maior é ficar penteada no trem.....os sem ar condicionado, claro. O ventinho é bom, mas devastador a qualquer penteado. Eu já desisti de ficar com os cabelos comportados. Deixo o vento bater, despentear..... e quando saio do trem, dou um jeitinho com a mão mesmo. O que não adianta de nada, porque não tenho cabelo lisinho.... como podem notar. O que me faz chegar quase todo dia despenteada, quase unma louca, no trabalho. Mas nem ligo.... deixo o vento bater e pronto. Ai que delícia!!
A Central do Brasil é uma verdadeira catarse, uma sessão de análise. E melhor, de graça.

Abraços e até a próxima.