02/06/2009

A menina e Silvio Santos


A menina Maísa de seis anos apenas, apresentadora do SBT, foi vítima da ganância, do dinheiro e da fama de seus pais e porque não dizer da mídia. Me pergunto como uma criança ainda, sem ainda ter formação e discernimento intelectual formados pode apresentar um programa na TV. Que futuro esta menina vai ter. Como pais deixam isto acontecer. Foi preciso esta garotinha ser humilhada e chorar no ar para tomarem uma providência. Que fique esclarecido, a justiça. Que tardou a meu ver. Porque pais e Silvio Santos estão lixando pra menina. E a punição pra eles? Quando vem? O que diz o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA)?

A ganância e o poder da mídia falaram mais alto. Afinal quem pode com o dinheiro, fama e poder juntos. Que tipo de mídia é esta que permite que criança passe por uma humilhação desta e seja preciso que ela chore no ar, na frente de milhões de telespectadores, para que se tome uma providência. Onde estão os órgãos reguladores da TV? O que importa é o dinheiro que Maísa traz com seus patrocinadores. Afinal a garotinha é um fenômeno. Maísa que se dane. Sua formação que se dane. Seu futuro que se dane. O que importa é encher os cofres de dinheiro.

Tenho vergonha deste tipo de mídia exploradora, insensata e interesseira. Temo pelo futuro desta que só pensa em lucro em detrimento de programação de qualidade. A mídia não pode esquecer que também é formadora de opinião. E que qualidade de opinião se tem com uma garota de seis anos, ainda em formação escolar, e um empresário que apela para este tipo de programação em sua grade? Pobre Brasil.

Cotas para negros nas universidades


Sou contra as cotas para negros nas universidades. Cresci em um país democrático. Aprendi na escola que igualdade é para todos e está na constituição federal do Brasil. Meus pais me ensinaram que todo ser humano é igual, independente de raça, cor, credo, classe social ou educação.

Compartilho do pensamento dos que acham que este sistema é um retrocesso na história do país e da luta pela igualdade de raça. Qualquer forma de favorecimento a um ou outro é discriminação. Colocar cotas somente para negros é discriminar o branco que também é pobre. Qualquer tipo de concurso deve ser avaliado por mérito. Muitos negros que passaram para a universidade por seu próprio esforço, são contra as cotas. Enxergam as cotas como favorecimento e não porque têm condições de passar em uma prova.

O sistema legitima um racismo que não existe no país. Segrega um povo que vive em harmonia. Casos de racismo que existem no país são da ordem privada e não da ordem pública. A constituição garante um país democrático. Instituir o sistema de cotas é ir contra a constituição. Aos que falam que o sistema de cotas seria reparar um erro histórico, reafirmo que as cotas sim, são um atraso para o país. Não podemos reparar erros com segregação. Segregar é dividir. Temos é que unir, somar. Como? Com educação básica de qualidade para todos. Vamos discutir o que ser ensinado nas escolas. Vamos cobrar por mais qualidade de ensino. Vamos cobrar por professores mais capacitados.

O mais justo é ter somente cotas sociais por curto prazo enquanto se investe na educação básica de qualidade por longo prazo. Este sistema de cotas raciais e sociais separadas é inadmissível. Os que investiram seu tempo estudando e, porque não dizer, até dinheiro, e passaram por méritos e não podem se matricular porque não restam vagas para não cotistas, é incoerente. O que tem nota mais alta não entrar porque não é negro ou “pobre”, gerará no futuro outro erro histórico. Não se conserta um erro gerando outro. Brancos de hoje não podem pagar pelo o que aconteceu 500 anos atrás. Não vamos repetir o erro do passado. Olhemos para frente. Acorda Brasil!

E tem mais: não aguento essa onda de politicamente correto. Porque chamar o negro de afrodescente se tem africano branco? E tem branco filho de negro que não é considerado afrodescente porque não tem a cor preta. O que neste caso não entraria na cota racista, pois que esta se deduz a descendência negra pela cor. Relembre o caso dos gêmeos, um mais “escurinho” que o irmão foi aceito pelo sistema de cotas para negros, e o outro mais clarinho, coitado, não foi aceito. Chega de hipocrisia.

p.s. – o fim é dizer que fulano é de cor ou marrom bombom. E eu sou transparente por acaso? E pra encerrar: chega de preconceito com os bombons. Eles adoçam e dão cor a vida. E eu adoro bombom.