12/11/2009

Barraco Globo X Record




Globo impede Record de entrevistar secretário de Minas e Energia (SERÁ??)

NÃO SERIA O CONTRÁRIO ......

RECORD IMPEDE GLOBO DE ENTREVISTAR O SECRETÁRIO DE MINAS E ENERGIA

Caso - Repórteres da Record e Globo discutem para ver quem vai entrevistar o Secretário de Minas e Energia, Márcio Zimmerman, em frente ao Ministério em Brasília depois do apagão na noite de 10 de novembro de 2009, quando parte do país ficou sem luz.

A repórter da Globo estava se preparando para entrar ao vivo quando surge a repórter da Record tentando entrevistar o secretário.

Comentário - Quem é da imprensa sabe que os links aos vivos são marcados previamente com as assessorias de imprensa. Portanto se a Record tinha marcado, como afirma o assessor no video, para depois da outra emissora, tem de respeitar o horário. Do contrário é falta de ética, e não, como quis demonstrar o apresentador do "Hoje em Dia" da Record, um desserviço à população. O apresentador argumentava que o secretário estava "a toa", enquanto podia estar esclarecendo a população sobre o apagão.

O apresentador criou um total constrangimento para sua repóprter. Insistia no erro. Mesmo todos querendo saber o motivo do apagão, não é motivo para atrapalhar o trabalho dos outros. Pra mim foi bola fora da Record, faltou ética e profissionalismo.


Discussão - No meio jornalístico também há uma richa entre repórter e assessor de imprensa. Já trabalhei nos dois lados. O que posso dizer é que repórter sem informação não adianta de nada, mas também deveria lembrar que é o assessor quem marca a entrevista. E neste caso, a Record marcou uma tremenda bola fora, pois que pode ter suas "exclusivas" um bom tempo na geladeira ou, até, barradas para sempre. O que não é legal, porque o repórter precisa da informação e o assessorado depende da imprensa para "vender" seu peixe.

Para o leigo, para quem é de fora da imprensa, o apresentador da Record força uma barra para que se entenda que o secretário estava parado, a toa, enquanto podia estar presntando um serviço à população. Mas o que o telespectador tem de saber é que existe vários profissionais envolvidos no processo de colocar uma matéria ao vivo no ar. E interroper o trabalho do outro não é legal. Pra mim é falta de educação mesmo.

E só pra encerrar.... quero lembrar que privilégio e respeito se conquista. Não é forçando a barra que se consegue. Fica aqui meu recado.
assista ao video

10/11/2009

Chatices do Cotidiano



Não tem nada mais chato do que o cotidiano. Bom dia! Acordar, fazer xixi, escovar os dentes, lavar o rosto, tirar meleca e remelas. Uma chatice! Tomar banho – sempre começando pelo rosto, braços, costas, barriga, partes íntimas, pernas e pé. Porque nesta seqüência? Tente fazer diferente! Vocês eu não sei, mas eu me perco toda. Não sei se lavei o braço ou a perna. É uma loucura. É complicado sair da rotina. Cuidado!!! O Ministério da Saúde adverte: o cotidiano faz mal à saúde.
E o cocô . Este é um capítulo à parte. Fazer cocô todo dia de manhã é um atraso. Se bem que também é um alívio e faz bem ao próximo – já que todos estarão livres do péssimo humor quando não se consegue evacuar regularmente. É um atraso porque na hora que você está saindo de casa – pimba – dá aquela vontade louca de ir ao banheiro. Graças a Deus eu sou bem rápida nestas horas. Mas tem vezes que ele empaca, entende. Nem entra, nem sai. E você ali, roxo de tanta força que faz e ele de charminho. O sujeito é tinhoso. É você e ele, mas ninguém. Ele é tímido. E ele nada. Só curtindo com a tua cara. Alívio. Saiu!! Pensa que acabou? Nããããoo! Ele bóia, o safado. Sujeitinho besta. Aí vem a pior hora. O momento mais deprimente de um ser humano. Dar descarga. Dar descarga é o fim. Você olha para aquela coisa boiando n’água e aperta o botão e ainda tem que esperar para ver se desceu tudo mesmo. É nesta hora que eu odeio cocô com todas as minhas forças. O pior é que isso, não muito raro, acontece mais de uma vez no dia. Não sei se fico aliviada ou decreto o fim do cocô.
Retomando a sanidade mental, chega à hora de dormir. Você está bêbado de sono, andando torto e só pensando na sua caminha fofinha e gostosa. Eis que a consciência pesa e o orçamento da conta do dentista também. Higiene bucal. Parece uma coisa simples, rápida, mas não é não. Primeiro você escova os dentes em cima na parte superior e inferior, depois escova as laterais de dentro, novamente nas partes superior e inferior e por último escova a lateral de fora também superior e inferior. Complexo, não? Muito. Acabou? Nãããoo. Não acabou, ainda tem o fio dental. Como é chato passar o fio dental. Mas que dá um alívio quando tem aquela carninha entre os dentes, isso dá. Tem pessoas que ainda bochecham com aquele líquido de cheirinho de hortelã. Meu dentista falou para eu usar só de vez em quando. Graças a Deus! Menos uma coisa para eu fazer. Depois lavar o rosto com um sabonete especial e passar creme. Para quê passar creme de noite se vou dormir mesmo. Ah. Já ia esquecendo do xixi. Tem que fazer xixi e lavar as mãos. Se não fizer xixi antes de dormir dá aquela vontade de noite. Não tem nada mais chato do que sair da cama quentinha para fazer xixi e lavar as mãos com aquela água gelada. Bem acho que não esqueci de nada e posso dormir. Boa noite!
O cotidiano é monótono e persistente. Ele não tem amigos, vive sozinho, é amargurado, ranzinza, velho. Cuidado!!! Não o deixe tomar conta de você. Ele te quer como escravo.
Se rebele – fique um dia sem tomar banho, durma uma noite sem escovar os dentes e o melhor – vingue-se do coco e fique um, dois dias sem ver ele boiando na tua frente. Ah! Como é gostoso ser rebelde por um dia. Mas atenção faça tudo isso isolado, sozinho em casa.

03/11/2009

A perda de um grande mestre




É sempre uma perda quando um grande pensador morre.

Lévi-Strauss foi sem dúvida um dos nomes do século XX, pioneiro na antropologia com seus estudos de observação e pai da Antropologia Estruturalista (análise da estrutura das sociedades). Seguidores ou não desta linha da antropologia, gostem ou não de Lévi-Strauss, ele teve sua importância que ficará eternizada em suas obras, sendo as mais relevantes "As estruturas elementares do parentesco", "Antropologia Estrutural", "Tristes Trópicos" e "Pensamento Selvagem". O antropólogo centenário em "Tristes Trópicos", estudou os índios brasileiros, sempre pelo método da observação.


“O antropólogo é o astrônomo das ciências sociais: ele está encarregado de descobrir um sentido para as configurações muito diferentes, por sua ordem de grandeza e seu afastamento, das que estão imediatamente próximas do observador.”

Antropologia Estrutural - 1967 - Lévi-Strauss

02/11/2009

Cultura do “Ném”

Pra início de conversa, este texto é fruto de observação e vivência. Não quero ofender ninguém. E bom humor e leveza na vida são fundamentais !! E “vambora”.... “ném”!!

Pra começar... nome, pra quê?? Todos serão chamados de “ném” mesmo.
- “Ném”, quem?
- “Ném”, meu bem. Vai dizer que nunca ouviu?
- Não.
- Onde você mora?
- Zona Sul.
- Que tipo de programa costuma fazer?
- Praia, barzinhos, cinema, teatro - quando a grana deixa .....
- Entendi.
- Baile funk, andar de trem e freqüentar Zona Norte nem pensar?
- Funk e trem, nunca. Tijuca é Zona Norte?
- É.
- Então Zona Norte, sim. Meu dentista é lá.
- Entendi tudo.
- Tudo o quê?
- Você realmente não conhece um “ném”.
- Mas que diabo é isso afinal?
Você reconhece um “ném” de longe. Primeiro de tudo, “ném” não fala, “ném” grita. Ninguém tem nome, todos são chamados de “ném”. Eles são muito dados, plurais, entende? “Ném” vem cá! Todos olham... “Ném” isso, “ném” aquilo.
- Que horror!
- Pois é.
Continuando.... “ném” senta ao seu lado e puxa conversa, até aí normal, mas não se contenta em só falar, ele te dá tapinhas no braço, de leve, claro. No verão é mole reconhecer um “ném”, praticamente todos têm uma toalhinha pra enxugar o suor DO DIA TODO.
- Ai que nojo!
- Também acho. E a toalhinha fica como? Argh !!
Continuando.... filho de “ném” usa chupeta, mas com fralda amarrada na chupeta ou grudada com clipe na roupinha. Pra começar, chupeta só na hora de dormir, e olhe lá. Mas tudo bem, cada um que sabe do seu filho e de si. Mas depois não me venham dizer que seu filho ficou dentuço, porque a fralda amarrada pesa. E quando chove: ainda bem que trouxe sombrinha. Mas não tá chovendo?? Vai entender....
- Eu uso guarda chuva.
- Eu também.
Continuando... e filha de “ném”, não tem cabelo e já usa arquinho, daqueles de pano, na cabeça. Pobre criança que passa o dia todo tentando arrancar aquilo, assim como o sapatinho. Pra quê se a criança nem anda. Os meninos têm tênis enormes, meia, figurino completo. Ai como sofrem, no calor então.... E a roupa das mulheres?? Uns dois números a menos. Tipo um P num corpinho de G. Uma coisa! Ah! Já ia esquecendo... e celular, sabe onde as mulheres guardam?
- Na bolsa, naturalmente.
-Errou. No meio dos seios.
- Que nojo!! Argh!!
- Argh!!
Viu como é fácil reconhecer um “ném”? É cultura, coisa de pele, entende “ném”...... E aí “ném”, vai leva três amendoim, só paga um real?
- Não sou “ném”, eu tenho nome, caramba.
- Tá bom, não quis ofender.
- Ah! Esquece amorzinho, eu perdôo.
- Amorzinho não. Tenho nome cacete!!