19/02/2009

Apressado come crú

Tanto se fala que no jornalismo tem de apurar os dois lados, no mínimo. Bem, no caso da brasileira Paula Oliveira, residente na Suíça, que supostamente teria sido atacada por neonazistas e estaria grávida de gêmeos e teria perdido os bebês, o erro básico está na apuração. Palavras no noticiário como “teria sido” e “supostamente” mostram claramente que não temos as versões finais do caso. Somente com especulação, a meu ver, não se pode noticiar o fato. Em se tratando de brasileiros no exterior, há de se ter um maior cuidado. Não se pode esquecer que a mídia é formadora de opinião e com bases em suposições está ajudando a formar opiniões errôneas, precipitadas. E com especulações vai se vendendo jornal e educando mal o povo. É pena!

Consequencia disto é o “mico” pelo qual o governo brasileiro passou. O presidente Lula saiu em defesa de Paula logo de cara, sem esperar pelos laudos da polícia e médicos. Na sequencia dos fatos a brasileira não estaria grávida, segundo laudos da polícia suíça. O governo brasileiro teve que se explicar para os suíços.

Há aqui dois erros graves nesta história. Primeiro a apuração ineficiente e afobação em logo publicar um fato sem provas. Segundo a precipitação do governo brasileiro em criticar a Suíça.

“Apressado come crú”, já diz o ditado. E o prato desce amargo e salgado nas contas da imprensa brasileira e governo. Quando imprensa e governo vão aprender?

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