02/06/2009

Cotas para negros nas universidades


Sou contra as cotas para negros nas universidades. Cresci em um país democrático. Aprendi na escola que igualdade é para todos e está na constituição federal do Brasil. Meus pais me ensinaram que todo ser humano é igual, independente de raça, cor, credo, classe social ou educação.

Compartilho do pensamento dos que acham que este sistema é um retrocesso na história do país e da luta pela igualdade de raça. Qualquer forma de favorecimento a um ou outro é discriminação. Colocar cotas somente para negros é discriminar o branco que também é pobre. Qualquer tipo de concurso deve ser avaliado por mérito. Muitos negros que passaram para a universidade por seu próprio esforço, são contra as cotas. Enxergam as cotas como favorecimento e não porque têm condições de passar em uma prova.

O sistema legitima um racismo que não existe no país. Segrega um povo que vive em harmonia. Casos de racismo que existem no país são da ordem privada e não da ordem pública. A constituição garante um país democrático. Instituir o sistema de cotas é ir contra a constituição. Aos que falam que o sistema de cotas seria reparar um erro histórico, reafirmo que as cotas sim, são um atraso para o país. Não podemos reparar erros com segregação. Segregar é dividir. Temos é que unir, somar. Como? Com educação básica de qualidade para todos. Vamos discutir o que ser ensinado nas escolas. Vamos cobrar por mais qualidade de ensino. Vamos cobrar por professores mais capacitados.

O mais justo é ter somente cotas sociais por curto prazo enquanto se investe na educação básica de qualidade por longo prazo. Este sistema de cotas raciais e sociais separadas é inadmissível. Os que investiram seu tempo estudando e, porque não dizer, até dinheiro, e passaram por méritos e não podem se matricular porque não restam vagas para não cotistas, é incoerente. O que tem nota mais alta não entrar porque não é negro ou “pobre”, gerará no futuro outro erro histórico. Não se conserta um erro gerando outro. Brancos de hoje não podem pagar pelo o que aconteceu 500 anos atrás. Não vamos repetir o erro do passado. Olhemos para frente. Acorda Brasil!

E tem mais: não aguento essa onda de politicamente correto. Porque chamar o negro de afrodescente se tem africano branco? E tem branco filho de negro que não é considerado afrodescente porque não tem a cor preta. O que neste caso não entraria na cota racista, pois que esta se deduz a descendência negra pela cor. Relembre o caso dos gêmeos, um mais “escurinho” que o irmão foi aceito pelo sistema de cotas para negros, e o outro mais clarinho, coitado, não foi aceito. Chega de hipocrisia.

p.s. – o fim é dizer que fulano é de cor ou marrom bombom. E eu sou transparente por acaso? E pra encerrar: chega de preconceito com os bombons. Eles adoçam e dão cor a vida. E eu adoro bombom.

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