07/10/2009

O que você deseja para o Rio depois de 2016?


O Brasil finalmente conseguiu o direito de sediar as olimpíadas. Legal! Conseguimos! Todos estão eufóricos, fazendo planos. E é bom que faça mesmo. Pois o mundo estará com os olhos voltados para o Rio. Mas muito tem que ser feito. Transportes de massa, saúde, segurança, educação, aeroporto e rodoviária terão de ser melhorados. A Baía de Guanabara despoluída. A rede hoteleira aumentada. Instalações para os jogos construídas e outras adaptadas de acordo com as normas do COI. Trabalho não faltará. Empregos serão gerados. É a chance de a cidade voltar a se orgulhar do título de maravilhosa.

Mas é hora de perguntarmos “o que você deseja para o Rio depois de 2016?” Não nos esqueçamos do PAN 2007 onde tudo foi feito às pressas e maquiado. O PAN foi um sucesso! Para quem cara pálida? Hoje temos uma Vila Olímpica abandonada, estádios e arenas mal aproveitados e os transportes e a segurança continuam péssimos. Eu quero uma cidade mais limpa, mais verde, com transporte e saúde de qualidade e segurança. Quero um Rio com mais qualidade de vida. Quero me orgulhar de ser carioca. Quero uma cidade mais consciente e mais educada. Quero que o espírito olímpico de “o importante não é vencer, mas competir”, esteja presente nas olimpíadas do Rio. Mas o que eu realmente desejo para depois de 2016 é um país mais equilibrado, com menos desigualdade social, onde todos possam se orgulhar de ser brasileiros.

Os jogos olímpicos da era moderna foram reeditados pelo Barão de Coubertin que acreditava no caráter pedagógico do esporte, e mais que isso, acreditava no caráter universalista do esporte. O esporte é humanista por natureza. Ele possibilita a inclusão social e a igualdade de oportunidades. O esporte não discrimina. Pelo contrário, quando alguém é campeão, é tido como herói, um exemplo a ser seguido. Não importa se é negro, pobre ou deficiente. O esporte é um veiculo para o exercício da cidadania contribuindo para a coesão da sociedade.

O que esperar então para depois de 2016? Uma cidade melhor. Mas acima de tudo cidadãos plenos e conscientes que saibam escolher melhor os representantes que não deixarão o sonho morrer depois das olimpíadas de 2016.

No mais é trabalho sério e mens sana in corpore sano (provérbio grego). Até 2016!!

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