14/05/2009

Qual o futuro do livro e jornal impresso?


Com a chamada era digital muito se discute se o livro vai acabar. Acho que não. E o jornal impresso?

A realidade da era digital ainda está muito longe para a maioria. Não se pode negar que a tecnologia chegou, mas para quem? Para os mesmos que têm acesso aos livros e jornais de papel. Estes podem escolher o que, como e onde ler.

Está na hora de discutir o que fazer para mudar a realidade dos que não têm acesso a informação seja ela de papel ou digital. Livro é educação, é cultura, é futuro. Se uma sociedade em que há muitos analfabetos é problema, quiçá com a era digital. Com livros somente digitais, o desastre será ainda maior. São poucos os que têm acesso a era digital. Primeiro tem de alfabetizar, depois educar, para então se pensar numa era digital. Até lá muito tempo ainda tem o livro de papel.

Mas o livro digital já aparece com força em muitos países desenvolvidos. Estes sim, podem pensar numa cultura digital. Mas o livro não vai acabar. Concordo com o pesquisador francês Jean-Yves Mollier quando diz que num futuro próximo nascerá um novo estilo literário. O livro se adaptará a nova realidade digital, a novos leitores que foram criados já na realidade dos recursos tecnológicos. Estes leitores já estarão treinados a este novo modo de ler. O da leitura em doses pequena e rápidas. O desafio será descobrir uma fórmula em que pouco será muito, com conteúdo e que desperte a atenção deste leitor digital que tem muitos atrativos da vida moderna.

Adaptando a teoria de Mollier para o jornal imprresso, acho que este para sobreviver terá que se achar nova fórmula. Hoje queremos notícias rápidas, em tempo real sem muita análise, pois não temos tempo para isso. E a internet se adapata a esta nova realidade. Os jornais impressos talvez continuem a existir para os que querem, e têm tempo, para a notícia mais detalhada, mais bem analisada. Os jornalistas de impresso terão que ser mais detalhados, mais analíticos, porque o que aconteceu, o lide no jargão jornalístico, já foi dado em tempo real. Para ler a notícia no dia seguinte somente para saber algo mais. Qual é este algo mais é que depende a sobrevivência do jornal impresso.

Só me pergunto qual a graça de ler um bom livro debaixo de uma árvore num laptop, iPhone, celular, mp4 e similares?? E quando gosto de determinada parte do livro e quero "rabiscar", fazer algum comentário.....como farei, ponho em negrito?? Será que no futuro ainda saberei escrever de próprio punho.....??!






4 comentários:

  1. Prezada Cristiana, vivemos uma época de grandes mudanças na área das comunicações. A rápida evolução tecnológica, capitaneada pela informática, somada aos novos hábitos dos consumidores, fizeram com que todas as mídias convergissem para o computador, passando tudo a ser digital, fazendo surgir novas mídias, internet e celular, que são hoje multimídias. A revolução digital vem mudando radicalmente todas as áreas da informação e entretenimento, como no caso do cinema, que caminha para ser totalmente digital, apesar da reação de alguns cineastas. A televisão com o sistema digital e interativo, e, recentemente, com o HDTV (TV de alta definição), é o caminho para que se tenha uma sala de cinema em cada casa. Hoje os canais de filmes em pay-per-view já são praticamente um multiplex. Tudo isso fará com que as salas de cinema se modernizem rapidamente, podendo programar lançamentos mundiais via satélite, digital e em 3-D (terceira dimensão), em milhares de cinemas, reduzindo os custos de exibição. A mídia impressa - jornais e revistas - vem sofrendo grande impacto da internet, tendo que se adaptar aos novos tempos, onde os custos industriais são cada vez maiores, além da perda acentuada de leitores em bancas, fazendo com que muitos jornais passem a ter edições somente on-line. Hoje, as emissoras de rádio podem ser ouvidas em todo o mundo, com qualidade de som local, sem falar no rádio digital que chegará em breve. A música, quase não se tem mais CD. E o livro, um dos primeiros meios de informação e conhecimentos, também já está passando a ser digital. Através da internet e da TV de assinatura via satélite, temos tudo em nossa casa: gráfica, biblioteca, banca de jornal e revista, rádios canais de TV do mundo, músicas, videofone, correio, comércio, mercadinho, farmácia e banco. Vai chegar o dia em que para viver, não se precisará mais sair de casa, basta ter um controle remoto e um mouse na mão. Quem viver, verá! Um abraço, Armando.[recomentarios.blobspot.com]

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  2. Prezado Armando,não nego a realidade digital que já está aí. A crítica é dos que se deixam escravizar por ela. O futuro digital de controle remoto e mouse, dilui as relações humanas face a face, criando um mundo virtual em que teses soam falsas e as críticas são frias e muitas desacreditadas, pois que não sei quem é meu interlocutor. Sem dúvida é preciso interagir com a era digital, mas não se deixar escravizar é fundamental para a sobrevivência humana.

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  3. Oi Cristiana!!
    Vi seu link no blog do querido Armando e decidi aproveitar e visitar Você.
    Bom.. queria meter minha colherzinha virtual neste assunto.
    Sendo sincero, o jornal impresso faleceu lá pra 1996, 98... Mesmo antes do advento da internet e da inclusão digital.
    Escrevo isso pq sentia nesta época uma espécie de revolução silenciosa neste meio que já anunciava mudanças...
    O conteúdo e o formato de todos os jornais foi se alterando até chegar no que é hoje em dia. Os impressos estão meio que perdidos entre o que eram e o que não são.
    Por conta da velocidade que a internet imprime, os jornais impressos perderam o sentido de ser, e buscaram inovar em conteúdo, visual e o resultado é o que se tem hoje com mtos sobrevivendo a duras penas, sem identidade e bem diferentes do que eram até a metade dos anos 90.
    Para completar o raciocínio, a própria sociedade que cada vez lia menos jornais, tendo notícias na web, gratuitamente acabou por decretar a morte dos impressos.
    Existem zumbís por ai, mas infelizmente pela falta de hábito de leitura, pelas mudanças nas mídias, pelo preço e pelo próprio meio que não soube se adaptar os jornais impressos estão morimbundos por ai...
    No entanto, alguns vivem pela segmentação e foco, público escolhidos, gente q não acessa a net, assuntos específicos, etc...
    Ficou confuso o comentario né, mas eu vejo assim as coisas. Os livros não. Livro não é a mesma coisa pq independe da periodicidade(sem falar que por mais q tenhamos a chance de ler livros no celular, em telinhas de cristal liquido ou notebooks, nada se compara ao prazer de ler um livro de papel né)!^^
    Gostei do seu blog!!!!! Parabéns!

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  4. Retornei!!
    Obrigado por aparecer no meu blog Cristiana!
    Pois é, ainda sobre o assunto sinto que os livros dificilmente serão substituídos pela leitura virtual. Existem sim, casos em que a leitura já é feita na telinha mas nada deve substituir o charme, o encanto e até o hábito da leitura de páginas em papel. Porém, jornais e até revistas impressos agonizam sem condições de competir com a agilidade da web não é?
    Assunto sério e importante este!!! Gostei!
    Beijo e sucessos mil!!!

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